Entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro de 2015, a capital mineira sediou o 18º ENAST ( Encontro Nacional de Astronomia) e o 1º Encontro de Operadores da BRAMON ( Brazilian Meteor Observation Network). Os dois eventos transcorreram nas dependências da FUMEC.
A abertura do ENAST teve como ponto alto a videoconferência com Marcelo Gleiser. Intitulada “O que nós sabemos e o que nós não sabemos sobre o Universo”, a palestra deste famoso cientista visava transcorrer sobre os avanços de entendimento humano acerca tanto de interações em nível quântico até mesmo descrever um pouco as descomunais forças na sustentação de buracos negros. Na sequência, o astro fotógrafo Ricardo Tolentino proferiu palestra sobre “O que observar na Lua”, onde falou sobre os avanços na selenográfia e da importância da astrofotografia amadora ante os equipamentos profissionais de mapeamento lunar.
A programação do dia 30 encerrou com o coquetel onde os diversos segmentos: astrônomos profissionais, astrônomos amadores e público em geral puderam interagir de forma mais dinâmica e informal, ajudando na divulgação de grupos, trabalhos, oficinas e workshops que iniciariam na manhã do sábado.
Durante os dois dias seguintes o ENAST foi tomado por diversas atividades. A simultaneidade delas, marca dos eventos em forma de seminários, ofereceu rica diversidade de temas e níveis de abordagens.
O sábado, 31 de outubro, foi a data escolhida para a abertura do I Encontro dos operadores BRAMON.
Cristovão Jacques falou sobre a dinâmica do encontro e a divisão dos trabalhos naquela tarde e noite.
Foi a deixa para que cada operador se apresentasse e falasse, brevemente, sobre sua entrada na Astronomia e na BRAMON.
Na sequência Marcelo Domingues apresentou o projeto da Estação autônoma de monitoramento de meteoros. Renato Poltronieri tirou dúvidas sobre cabos, conectores e placas de captura de vídeo. Marcelo Zurita detalhou o caso do “Bólido da Paraíba” e sua sistemática de compilação de informações para a definição de trajetória do meteoro. Lauriston Trindade expôs parte do trabalho estatístico 2014/2015 dos registros da BRAMON e Alcione Caetano detalhou o projeto de extensão da Rede BRAMON para Escolas do Ensino Fundamental da rede pública.
Ao fim do primeiro dia de nosso encontro, tínhamos a certeza de que o senso orgânico da BRAMON estava bem mais estabelecido. Uma vez que as estações mais extremas em suas latitudes e longitudes estavam presentes, integrando regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste e que poucas horas de contato pessoal produtivo equivalem a dias de contatos virtuais, consideramos o primeiro dia um sucesso.
No domingo, 1º de novembro, o ENAST chegava ou seu último dia. As exposições de materiais e equipamentos transcorriam, assim como as palestras, oficinas e workshops. A BRAMON reuniu-se novamente no início da tarde. Definimos prioridades e dividimos atividades. Traçamos estratégias de crescimento da rede e de suporte aos novos operadores.
Em tempo: Marcelo Domingues, João Amâncio e Marcelo Zurita apresentaram trabalhos, enquanto Alcione Caetano ministrou Workshop. Todos com temáticas correlatas ao trabalho da BRAMON.
Na plenária final do 18º ENAST – Belo Horizonte/MG, uma votação surgiu para implementar ou não o desenho de três estrelas nas identidades visuais dos futuros Encontros Nacionais de Astronomia. Ricardo Tolentino uma interpretação argumentativa muito justificável à permanência daquele elemento em desenhos futuros. As três estrelas representando: cientistas profissionais, cientistas amadores e interessados. Este conceito se aplica bem a BRAMON. Nossa Rede está apoiada no tripé: Astronomia profissional, Astronomia amadora e público geral. Onde os únicos extremos que temos se refere às coordenadas geográficas de nossas estações.
Trabalhamos juntos em um organismo vivo: uma Rede colaborativa.
Lauriston Trindade