A janela de observação desta chuva vai de 28 de dezembro até 28 de janeiro. Seu radiante possui deslocamento diário de 1,1º de Ascensão Reta e -0,2º de Declinação. Existem dois máximos: o primeiro ocorre em 8-9 de janeiro, com posição média de seu radiante em: A.R.: 108º e Dec.: +32º. Um segundo pico de atividade acontece em 21 de janeiro sob as coordenadas: A.R.: 125º e Dec.: +25º.
Com velocidade de 21,8km/s, são meteoros bastante lentos. E por surgirem na porção leste da região Antihelion, por vezes são identificados como meteoros esporádicos.
As primeiras observações desta chuva ocorreram entre 1-15 de janeiro de 1872. Quando membros da Italian Meteor Society anotaram oito meteoros provenientes de um radiante posicionado em A.R,: 109º e Dec.: +34º.
W.F. Denning conseguiu uma evidência seguinte quando, durante o período de 23-24 de janeiro de 1897, ele detectou meteoros em A.R.: 126º e Dec.:+19º. C. Hohhmeister marcou como dois radiantes em seu livro: “Meteorströme“, de 1948. O primeiro radiante anotado em 14 de janeiro de 1921, foi assinalado em: A.R.: 109º e Dec.: +30º. O segundo radiante, anotado em 10 de janeiro de 1931 e foi assinalado em: A.R.: 109º e Dec.: +29º. Houve também reporte de radiante emntre os dias 15-16 de janeiro de 1933, sob as coordenadas: A.R.: 107º e Dec.: +30º.
Richard B. Southworth e Gerald S. Hawkins foram os primeiros a sugerir uma chuva de meteoros na constelação de Gêmeos, para o mês de janeiro. E isto somente em 1963. Eles observaram o acervo fotográfico do Harvard Meteor Program de 1952-1954 e identificaram 4 meteoros como sendo representantes dos Rho Geminids. Concluíram que a chuva estaria ativa de 15-28 de janeiro, com radiante médio posicionado em: A.R.: 109.4º e Dec.: +32.3º.
Diagrama representando a constelação de Gêmeos. (IUA e Sky & Telescope)
Mais características sobre esta chuva foram se somando, quando dados da campanha observacional do Radio Meteor Project, de 1961-1965 foram analisados. Ali, 13 meteoros associados a essa chuva foram notados entre 28 de dezembro e 16 de janeiro.
Análises orbitais provenientes de sessões do Radio Meteor Project indicaram o drift da posição do radiante. Além do que, confirmou-se a divisão do enxame em dois.
Esta é uma chuva de baixíssima intensidade e de difícil observação. Seus meteoros, participantes do Antihelion, entram em colisão com a atmosfera vindo de um direção perpendicular ao movimento orbital terrestre.
A BRAMON monitora os céus do Brasil a partir de mais de 70 estações. Hoje somos capazes de ver e “ouvir” os meteoros. Seja dia ou noite, faça chuva ou sol, nos esforçamos para a produção de conhecimento limpo. Estamos abertos ao aprendizado e a inclusão de novas ferramentas pedagógicas para o ensino de Ciências.
Bons céus a todos!
Fonte: www.meteorshowersonline.com. Tradução: Lauriston Trindade