(English) BRAMON na IMC 2018 – Parte II

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Pontualmente às 18h do dia 30 de agosto, horário da Eslováquia (2+ UTC), foi aberta a 37ª Edição da Conferência Internacional de Meteoros. Esta que seria a maior conferência até hoje. Reunidos em um dos salões do Hotel Rozálka, 132 participantes de 28 países iniciavam uma maratona de apresentações, dividas nos seguintes segmentos: “técnicas de observação”, “instrumentos, fluxos de dados e softwares”, “fireballs e recuperação de meteoritos”, “redes de câmeras”, “fenômenos e processos atmosféricos”, “trabalhos em curso – técnicas de rádio” e “chuvas de meteoros – observações e modelagens”.

A fala inicial da conferência foi do presidente da IMO, Cis Verbbek. O mesmo agradeceu a presença de todos, teceu um breve histórico das edições anteriores das IMCs e projetou como seria o evento.

Com sua fala, Cis Verbeek abre a 37ª IMC

Cis Verbeek, durante a abertura da IMC 2018.

Após a fala de Verbeek, assumiu a condução dos trabalhos a equipe da Eslováquia, coordenada por Juraj Toth. Juraj explicou mais detalhadamente como seria o transcurso daquela IMC em específico e até mesmo porque a IMC 2018 estava ocorrendo naquele país. Alertou sobre o período de exposição de posters e como seria a avaliação dos mesmos pela assembleia. Falou também sobre os horários das atividades e da necessidade de manter a pontualidade dos mesmos. Explicou um pouco sobre a excursão da tarde de sábado e sobre o envio dos artigos que compõem os proceedings. Agradeceu mais uma vez a presença de todos e nos desejou uma ótima conferência.

Toth fala dos porquês de a IMC 2018 ser na Eslováquia

Juraj Toth explica as atividades ao longo dos quatro dias da conferência.

Após as explicações iniciais, passamos às apresentações de abertura da Conferência. O primeiro a se apresentar, com o trabalho: “Detection of bolides from space with the Global Lightning Mapper on GOES”, foi o pesquisador do SETI Institute, Peter Jenniskens. Aqui, Jenniskens teve uma abordagem dupla em sua apresentação. Falou inicialmente sobre a recuperação do meteorito proveniente do asteroide 2018 LA. Desde o processo de detecção do asteroide, determinação da região de impacto, registros visuais e em vídeo do meteoro produzido e a expedição à Botswana em busca dos fragmentos. Depois ele fez a ligação sobre este evento e a possibilidade de que a constelação de satélites GOES, a partir das melhorias obtidas na nova geração de equipamentos, possa ser utilizada para mapear não somente relâmpagos e outros TLEs, mas também que possa ser utilizado para registrar o brilho de grandes meteoros. Jenniskens mostrou alguns registros já consolidados.

Jenniskens, sentado devido ao pé machucado, explica sobre o uso dos satélites GOES no registro de fireballs.

Na sequência à fala do estadunidense, tivemos a participação dos tchecos Pavel Spurný e Jiří Borovička com o trabalho: Current status of the European Fireball Network – instruments, methods and examples of data. Esta foi uma apresentação polêmica por conta da abordagem dada. O que tivemos foi a apresentação do sistema atual da European Fireball Network e a apresentação de comparativos entre os dados orbitais e de trajetória obtidos por aquela rede e outras redes atuantes na Europa. Assim, houve certo burburinho na plateia por conta dos dados de desvios estatísticos apresentados. Foi um agitado começo para a conferência, elevando bastante os níveis de discussão sobre qualidade de dados e aspectos científicos de artigos antigos e vindouros.

Ao fim da apresentação e com os informes todos renovados, seguimos para o restaurante para o primeiro jantar. E primeira oportunidade de interação e contato com demais participantes.

Cis Verbeek mais uma vez tomou a palavra e agradeceu pelas palestras de abertura. Reforçou agradecimentos também aos participantes.

O presidente da IMO, Cis Verbeek, agradece a todos no início do jantar do dia 30 de agosto.

Visão parcial do restaurante do Hotel Rozálka, sede da IMC 2018.

É o momento em que se formam as mesas internacionais. Na mesa onde eu estava eram: brasileiro, inglês, romena, mexicana, japonês,e espanhol. Era o início de importantes contatos sobre técnicas, parecerias e também sobre visão científica atrelada ao trabalho amador.

Ao fim do jantar, continuamos em conversas. mas bem cedo ainda, todos iniciaram a se recolher. No dia seguinte, teríamos agenda completa da conferência, abertura da sessão de posters e a apresentação da BRAMON para estudar. Assim, retornamos para nosso hotel, no centro de Pezinok, pois não estávamos hospedados no mesmo local da IMC.

BRAMON na IMC 2018 – Parte I

Imagens: IMC 2018. Texto e edição: Lauriston Trindade*

*Lauriston Trindade é graduando em Física pela UECE, integrante da BRAMON desde 2015. Membro da International Meteor Organization. Co-descobridor de chuvas de meteoros.

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