Meteoro explode sobre o Piauí e pode ter deixado meteoritos em solo

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Bólidos e FireballsDestaques

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A passagem de um grande meteoro chamou a atenção de moradores de vários estados do Nordeste no início da noite deste sábado (28). Muitos dos que relataram o ocorrido, através das redes sociais e em grupos de mensagens, informaram ter visto um clarão no céu, seguido por um forte barulho de explosão em algumas cidades. Alguns relataram também ter visto a noite se transformar em dia por alguns segundos.

A passagem do meteoro foi registrado por 8 câmeras do Clima ao Vivo em Pernambuco, Paraíba, Bahia e no no Ceará. Confira as imagens:

A partir dos vídeos do Clima ao Vivo e dos relatos enviados através do formulário bramon.imo.net, a BRAMON – Rede Brasileira de Observação de Meteoros analisou o fenômeno e concluiu que tratava-se de um bólido, ou seja, um meteoro muito luminoso que termina de forma explosiva. Ele ocorre quando um fragmento de rocha espacial, também chamado de meteoroide, atinge a atmosfera da Terra em alta velocidade, causando o aquecimento dos gases atmosféricos, o que gera o fenômeno luminoso. Dependendo do tamanho do meteoroide e de outros fatores físicos, além de brilhar intensamente, ele pode atingir as camadas mais baixas e densas da atmosfera, onde a resistência do ar acaba provocando a fragmentação da rocha e gerando uma onda de choque, que pode ser sentida em solo como um barulho de explosão.

Trajetória

A partir das análises das imagens captadas pelo Clima ao Vivo, a BRAMON calculou a trajetória do meteoroide através da atmosfera. Segundo os cálculos, o meteoroide atingiu a atmosfera da Terra em um ângulo de 35,3°, em relação ao solo, e começou a brilhar a 67,3 km de altitude sobre a Zona Rural de Pimenteiras, no Piauí. Seguiu a 60,2 mil km/h, percorrendo 74,7 km em 4,5 segundos, e desapareceu a 24,1 km de altitude, sobre o município de Lagoa do Sítio, também no Piauí.

Trajetória preliminar do bólido - Créditos: BRAMON

Trajetória preliminar do bólido – Créditos: BRAMON

Meteoritos em solo

De acordo com as análises preliminares feitas pela BRAMON, é possível que parte do meteoroide não tenha sido completamente consumido durante a passagem atmosférica. Nesse caso, existe a possibilidade que fragmentos de meteoritos tenham chegado ao solo na região próxima à Valença do Piauí. A BRAMON está trabalhando nos cálculos da massa do meteoroide e na determinação da área de dispersão dos possíveis meteoritos.

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