Grande bólido observado sobre o estado de São Paulo.
Recebemos, na noite dessa quinta feira, 24 de maio, vários relatos a respeito de um grande bólido explodindo sobre o estado de São Paulo.
As estações da BRAMON RCP1/SP em Nhandeara administrada pelo Renato Poltronieri, a IDS2/MG em Patos de Minas administrada pelo Ivan Soares e a BGS1/SP em Jaguariuna administrada pelo Bruno Guitti registraram diretamente o bólido.
Outras 3 estações registram também o clarão gerado pela passagem atmosférica do meteoro, a ACD1/SP em Rio Claro, administrada pelo Antônio Duarte, a OCA3/SP em Bilac, administrada pelo Leonardo Amaral e a CAV1/SP em Batatais, administrada pelo Ricardo Cavallini.
Após a análise inicial do meteoro, concluímos que o objeto que gerou o meteoro visto em várias cidades do interior de São Paulo essa noite provavelmente tinha o tamanho de uma bola de gude, um pouco mais de 2 centímetros de diâmetro e 20 gramas de massa. Mas como pode um objeto tão pequeno causar essa enorme bola de fogo que assustou os paulistas essa noite?
Ocorre que o meteoro é nada mais é do que o fenômeno luminoso causado pela passagem de um fragmento rochoso em altíssima velocidade pela atmosfera. A atmosfera freia esse fragmento, e converte sua energia cinética em outras formas de energia das quais, percebemos apenas uma pequena parte dessa energia na forma de luz.
A energia cinética é definida pela fórmula m.v²/2, onde m é a massa e v, a velocidade. Logo, se a energia liberada foi grande, e a massa era pequena, certamente a velocidade do meteoro era bastante alta. De acordo com os dados coletados em nossas estações de monitoramento de meteoros, calculamos a velocidade de entrada em 35,11 Km/s, o que equivale a absurdos 126.396 Km/h.
Essa velocidade ocorre graças a órbita alongada que o meteoroide possuía antes de atingir a Terra. É uma órbita compatível com a chuva de meteoros Southern omega Scorpiids, proposta por Kronk em 1988 e que tem sua máxima atividade no dia 31 de maio.
O meteoro iniciou sua fase luminosa exatamente às 21:41:54 (Horário de Brasília) sobre o município de Descalvado a 77,1 Km de altitude. Em pouco mais de 2 segundos, ele percorreu 67,9 Km de atmosfera em direção ao oeste até sua explosão final entre Araraquara e Porto Ferreira, a 18,6 Km de altitude.
Essa altura final é relativamente muito baixa, por isso, a luminosidade foi mais intensa nas proximidades de Araraquara e Porto Ferreira. Em Porto Ferreira e nas localidades vizinhas, houveram diversos relatos de barulho de explosão e de vibração, fenômenos que são sentidos devido a onda de choque gerada pela energia liberada durante a passagem atmosférica.
Essa análise ainda não é definitiva e podemos ajustar seus resultados se houverem novos vídeos ou informações que melhorem a precisão dos dados que temos até o momento.
Vale lembrar que apesar de assustador, um meteoro como esse é um fenômeno que não oferece riscos à população. Entretanto, nos serve de alerta, de que precisamos aumentar o monitoramento de asteroides próximos à Terra. Para que, quando vier um objeto maior, tenhamos ao menos tempo para tentar nos proteger.
E é por isso que no dia 30 de junho, o mundo celebra o Asteroid Day, uma mobilização internacional com o objetivo de conscientizar autoridades e o público em geral sobre os reais riscos de um impacto de asteroide na Terra e sobre as ações possíveis para evitar ou amenizar seus efeitos. A BRAMON participa do Asteroid Day e convida a todos para participarem também.
Se você tem mais informações, fotos e/ou vídeos, envie seu relato para bramon@bramonmeteor.org.
[…] Grande bólido observado sobre o estado de São Paulo.Recebemos, na noite dessa quinta feira, 24 de maio, vários relatos a respeito de um grande bólido explodindo sobre o estado de São Paulo.As estações da BRAMON RCP1/SP em Nhandeara administrada pelo Renato Poltronieri, a IDS2/MG em Patos de Minas administrada pelo Ivan Soares e a BGS1/SP em Jaguariuna administrada pelo Bruno Guitti registaram directamente o bólido.Outras 3 estações registam também o clarão gerado pela passagem atmosférica do meteoro, a ACD1/SP em Rio Claro, administrada pelo António Duarte, a OCA3/SP em Bilac, administrada pelo Leonardo Amaral e a CAV1/SP em Batatais, administrada pelo Ricardo Cavallini.Após a análise inicial do meteoro, concluímos que o objecto que gerou o meteoro visto em várias cidades do interior de São Paulo esta noite provavelmente tinha o tamanho de uma bola de gude, um pouco mais de 2 centímetros de diâmetro e 20 gramas de massa. Mas como pode um objecto tão pequeno causar essa enorme bola de fogo que assustou os paulistas essa noite?Ocorre que o meteoro é nada mais é do que o fenómeno luminoso causado pela passagem de um fragmento rochoso em altíssima velocidade pela atmosfera. A atmosfera freia esse fragmento, e converte sua energia cinética em outras formas de energia das quais, percebemos apenas uma pequena parte dessa energia na forma de luz.Ler mais AQUI […]